sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O remédio da frustração

A cada passo dado na nossa vida pessoal ocorre aprendizado. Nesses dias do final de 2010 dias eu fui surpreendido. Sabe aquilo que vc sempre quis? A coisa bate na sua porta sem vc esperar e parece vir por si só ao seu encontro. Aquilo que vc quer, surge diante de vc sem que vc procure. Aconteceu comigo. Imaginei um 2011 começando já com a plenitude nessa determinada área. Só que maais uma vez se tratava apenas de uma impressão que O tempo tinha chegado quando, na verdade, a Palavra de Deus pra mim quanto a meus sentimentos permanece sendo não, ou ainda não. Às vezes não sei se o que falta é que eu esteja preparado para receber aquilo que Deus tem ou se falta a pessoa estar preparada. Tbm me pego pensando se essa seria realmente A Minha Resposta ou se é apenas um engano do nosso coração, que permanece apesar do tempo e apesar das nossas orações para que desapareça.

O que eu sei é que não vou perder a bênção de Deus! Eu poderia forçar as coisas como muita gente faz e como muitas vezes somos tentados a fazer. No entanto, nós entendemos e compartilhamos da opinião de que pôr em risco o apoio do nosso Deus não vale. Isso sempre é desastroso. Quando Deus está conosco, podemos estufar o peito e seguir em frente sem medo de nada ou de ninguém. Mas quando Deus não está, o fracasso é certo e grande. Se eu tenho algo a receber, que não seja pelo caminho do erro. Melhor continuar esperando, melhor continuar crendo que seja qual for o caminho do Mestre pra mim, ele será apropriado pra me fazer completamente feliz em relação a meus sentimentos.

Mas sabe o mais legal de tudo isso? É perceber uma coisa: Se eu me frustro é culpa minha. É, é isso mesmo! Nós temos mania de sempre atribuir nossa tristeza, revolta ou nossa ferida à outra pessoa. Pensamos: “Ah.. se fulano não tivesse me iludido, agora eu não estaria assim...” ou “Ah.. se ele(a) não tivesse mentido pra mim, eu não estaria assim!” Isso passa quando a gente aceita que a ilusão vem do nosso próprio enganoso coração. Queremos tanto aquilo que programamos nossa mente pra crer que é aquilo e é AGORA e pronto. Na hora que vemos que não é ou que ainda não é.. levamos aqueele tombo. Pra que passar por isso e sentir raiva das pessoas sem razão? Nem de vc mesmo(a) vc deve sentir raiva tbm. Canalize aquela revolta que seria voltada contra alguém e transforme-a em desejo de mudar a forma de reagir às coisas. Conheço pessoas de 30 e poucos anos totalmente infantis e pessoas de 15 que já apresentam maturidade. Pq maturidade não tem haver com idade. Tem a ver com atitude. Eu não sei vc, mas eu ouvi a voz da sabedoria, que me disse: Enxugue o seu rosto e cresça com tudo!


2 comentários:

Andrea Von-Held disse...

Renato,
Poderíamos, mais vezes, tentar respeitar os dias e as noites das coisas, os sóis e as luas de cada uma, os amanheceres, os entardeceres, as madrugadas, a sabedoria reparadora e tecelã dos intervalos, as estações todas com seus jeitos todos de dizer. Percebermos, mais vezes, a partir da nossa própria experiência humana, que tudo o que vive, queira ou não, está submetido à inteligência natural e engenhosa das fases. Dos ciclos. Da permanente impermanência. Da mudança.

Poderíamos, amiúde, tentar desviar nossa atenção do relógio perigoso da expectativa, geralmente adiantado demais. Aquele tal cuja velocidade transtornada dos ponteiros costuma apontar para o tamanho e a urgência das nossas carências. Para a necessidade de preenchimento imediato e contínuo do que chamamos de vazio, às vezes porque é, às vezes por falta de palavra melhor. Aquele tal relógio que geralmente só antecipa frustração e atrasa sossego. Aquele tal que costuma só fomentar dificuldades e alimentar fomes.

Mas, não. A crisálida ainda está se acostumando com a ideia de ser borboleta e já queremos que voe. A flor ainda é botão e, em vez de apreciá-la como botão, ficamos apressados para vê-la desabrochada. O fruto ainda precisa amadurecer, mas o arrancamos, verde, do pé, por mera ansiedade. Ainda é a vez do tempo estar vestido de noite, mas queremos que se troque rapidinho para vestir-se de manhã.

Nossa impaciência, nossa pressa àvida pelo resultado das coisas do jeito que queremos, no tempo que queremos, geralmente altera o sábio fluxo do tempo da vida e o desdobramento costuma não ser lá muito agradável. Não é raro, nós o atribuímos à má sorte,"ao mau-olhado". Não é raro, culpamos Deus, os outros. Não é raro, é claro, nós ainda nos achamos cobertos de razão.

É fácil lidar com isso? Não é não. Nem um pouco. Esse é um dos capítulos mais difíceis do livro-texto e do caderno de exercícios: o aprendizado do respeito ao sábio tempo das coisas...
Abraco,
Andrea Von-Held

Renato disse...

Isso era tudo o que eu queria dizer Andrea! Vc exprimiu com esse texto exatamente coisas que eu tenho observado tomando como exemplo as minhas próprias experiências e de pessoas próximas a mim. Perfeito o texto! Obrigado por gastar um tempinho aqui enriquecendo o blog querida! Deus te abençoe poderosamente. Abraço.

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